A inteligência artificial avança, mas junto dela vem um obstáculo concreto: o custo. Grandes modelos de linguagem exigem GPUs poderosas, caras e com alto consumo de energia. No mundo corporativo, essa equação pode inviabilizar aplicações práticas.
Foi para enfrentar esse desafio que conduzimos um dos projetos mais relevantes da Dígitro Tecnologia nos últimos meses.
Por que a orquestração importa
Implementamos uma camada tecnológica de orquestração de modelos de linguagem. Na prática, isso significa acionar apenas o modelo necessário, no momento certo, aproveitando a mesma infraestrutura.
O resultado é menos consumo de GPU, maior eficiência energética e custos mais competitivos. Essa inovação garante escalabilidade e, ao mesmo tempo, sustentabilidade. Um ponto que considero essencial para o futuro da IA.
O que sustenta na prática
Essa camada, que não aparece para o usuário final, já está em operação em todas as nossas soluções. Ela sustenta, por exemplo, o Persona, nossa plataforma de automação de atendimentos.
Com a orquestração, o Persona é capaz de interpretar perguntas abertas por meio de processamento de linguagem natural (PLN), criar bases de conhecimento específicas para cada organização com RAG (Retrieval-Augmented Generation) e usar visão computacional para extrair dados de imagens, como carteirinhas de plano de saúde em marcações de consultas.
Tudo isso com tempos de resposta curtos, exigidos por aplicações em tempo real como os contact centers.
Inovação com propósito
Esse projeto começou em outubro de 2024 e hoje já está em produção. Mais do que um avanço técnico, ele representa a visão que defendo: inovação só faz sentido quando resolve problemas reais.
Não se trata de adotar IA pelo modismo, mas de aplicá-la de forma acessível, eficiente e alinhada às necessidades dos clientes.
O futuro da IA
O próximo passo da inteligência artificial não será apenas aumentar a potência dos modelos. Será tornar seu uso sustentável e democratizado.
Acredito que a orquestração é um caminho para equilibrar performance tecnológica e responsabilidade no uso de recursos.
E aqui deixo uma reflexão: como você enxerga o equilíbrio entre eficiência e sustentabilidade no futuro da inteligência artificial?

Artigo publicado por: Agenor Pacheco Junior
Gerente de Produtos e Inovação na Dígitro Tecnologia